Acho a escolha do séc XII óptima, foi muito dinâmico em termos de conquistas, ganhos e percas territoriais, a chegada de exércitos enormes de berberes vindo do Norte de África, no séc. XI os almorávidas e no séc. XII os almôadas, liderados pelo terrivel califa Al-Mansur (O Vitorioso).
Mapas territoriais desta época abundam na net.
http://www.euratlas.com/big/europe_map_1100.html#%20here
http://www.euratlas.com/big/big1200.htm
http://www.fordham.edu/halsall/maps/1090map.htm
Lisboa, conquistada em 1147, estableceu a linha da fronteira no Tejo, porque até à batalha de Navas de Tolosa em 1212 (no reinado do nosso Afonso II) o equilibrio era delicado.
Sancho I conquistou momentaneamente Silves, numa expediçao maritima, Alcácer do Sal foi tomada em 1158, com a ajuda dos cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada. Mas o tal Al-Mansur, veio por aí acima e perdeu-se tudo abaixo da linha do Tejo com a excepção de Évora que continuou cristã (conquistada em 1165 pelo Geraldo sem Pavor) e que se tornou sede da Ordem dos cavaleiros de Évora (mais tarde de Avis), estes cavaleiros originaram de cavaleiros de Santiago portugueses que renunciaram a liderança de um grão mestre espanhol.
Os Reinados,
Portugal:
Condado Portucalense
Casa reinante: Borgonha
D. Henrique da Borgonha, Conde de Portucale (r. 1093-1112)
D. Teresa (Tareja) de Leão, regente na menoridade do filho (r. 1112 - 112
, com o título de regina («rainha»)
D. Afonso Henriques, Conde de Portucale e depois primeiro Rei de Portugal (r. 1112 - 1139)
Dinastia de Borgonha:
D. Afonso I, 27 de Julho de 1139 6 de Dezembro de 1185 - O Conquistador, O Fundador, O Grande. Também chamado D. Afonso Henriques (Afonso, filho de D. Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe atribuíram, Ibn-Arrik - «filho de Henrique»).
D. Sancho I, 6 de Dezembro de 1185 27 de Março de 1211 O Povoador
D. Afonso II, 27 de Março de 1211 25 de Março de 1223 O Gordo, O Crasso, O Gafo, O Legislador (tinha lepra e nunca combateu, em vez disso legislou e esboçou o governo central que tanto influenciou a génese de Portugal)
D. Sancho II, 25 de Março de 1223 1247 O Capelo,O Piedoso, O Pio, morreu exilado em Castela, deposto pelo irmão Afonso III O Bolonhês, a mando do papa
As várias bandeiras de Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Portugal#c._1095_a_1139.E2.80.931143
Leão:
Dinastia de Navarra ou Ximena (1037-1126)
Depois de derrotar as tropas leonesas e da morte do rei Bermudo III, Fernando I, que já era rei de Castela (que se autonomizara de condado em reino chefiado pelos reis de Navarra), acedeu ao trono de Leão; o seu direito fundamentava-se no casamento como Sancha, irmã de Bermudo; trata-se da primeira unificação dos tronos de Leão e Castela.
Fernando I de Leão e Castela, o Grande (ou Fernando Magno), rei de Castela (1035-1065) e rei consorte de Leão (1037-1065); a soberana de Leão é, de jure, a sua esposa Sancha.
Depois da morte de Fernando, o reino foi repartido pelos seus três filhos, Garcia (Galiza), Sancho (Castela) e Afonso (Leão).
Afonso VI de Leão e Castela, o Bravo, rei de Leão (1065-1109), da Galiza (1071-1109) e de Castela (1072-1109), usando o título de imperador a partir de 1073
Sancho II de Leão e Castela, o Forte, rei de Castela (1065-1072), chegou a reinar durante alguns meses de 1072 sobre Leão, que desapossou ao seu irmão.
Urraca de Leão e Castela (1109-1126), casada com Raimundo da Borgonha (m. 1107) e depois com Afonso I de Aragão, o Batalhador, rei-consorte, não de jure
Dinastia da Borgonha (1126-1230)
Afonso VII de Leão e Castela, o Imperador, usando o título de imperador (1126-1157)
Depois da morte de Afonso VII, o reino foi repartido pelos seus dois filhos, Fernando (Leão) e Sancho (Castela e Toledo).
Fernando II de Leão (1157-118
Afonso IX de Leão, o Baboso (1188-1230), casado com Berengária de Castela
Sancha II de Leão e Dulce I de Leão (1230)
Após a morte de Afonso IX, o seu filho Fernando, já rei de Castela (herança materna), herdou também a coroa de Leão, apesar de o seu pai o ter deserdado em favor das filhas Sancha e Dulce. Pelo acordo de paz firmado por mediação da sua mãe, Santa Teresa de Portugal, estas renunciaram ao trono em favor do meio-irmão; foi então que se deu a unificação definitiva das coroas de Leão e Castela, mantendo-se embora os privilégios, foros e costumes próprios de cada reino em separado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Escudo_de_Leon.png
Castela:
Dinastia de Navarra ou Ximena (1032-1126)
Sancho I de Castela (III de Navarra), o Mayor (1032-1035), através do casamento com a condessa Dona Mayor
Fernando I de Castela e Leão, o Grande (ou Fernando Magno), rei de Castela (1035-1065) e de Leão (1037-1065)
Sancho II de Leão e Castela, o Forte, rei de Castela (1065-1072), chegou a reinar durante alguns meses de 1072 sobre Leão, que desapossou ao seu irmão.
Afonso VI de Castela e Leão, o Bravo, rei de Castela (1072-1109), e também de Leão (1065-1109) e da Galiza (1071-1109), utilizando o título de imperador a partir de (1073
Urraca de Castela e Leão (1109-1126), casada com Raimundo da Borgonha (m. 1107) e depois com Afonso I de Aragão, o Batalhador, rei-consorte, não de jure
Dinastia da Borgonha (1126-1369)
Afonso VII de Castela e Leão, com o título de imperador (1126-1157)
Sancho III de Castela, o Desejado (1157-115
Afonso VIII de Castela, o Bom (1158-1214)
Henrique I de Castela (1214-1217)
Berengária de Castela (ou Berenguela de Castela; regente durante a menoridade do irmão: 1214-1217, rainha de jure após a sua morte em 1217; casa-se com Afonso IX de Leão, último rei de Leão)
Fernando III de Castela, o Santo, rei de Castela (1217-1252) e de Leão (1230-1252)
Afonso X de Castela, o Sábio 1252-1284, também imperador eleito (não de facto), do Sacro Império (1257-1273)
Sancho IV de Castela, o Bravo (1284-1295)
Fernando IV de Castela, o Emprazado (1295-1312)
Afonso XI de Castela, o Justiceiro ou o do Salado (1312-1350)
Pedro I de Castela, o Cruel ou o Justiceiro (1350-1369)
Constança de Castela, pretendente ao trono (1369, casa em 1371 com João de Gant, também pretendente)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Escudo_de_Castilla.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Escudo_Corona_de_Castilla.png
Navarra:
Casa de Jiménez 905 - 1234
Sancho I Garcez (r. 905 - 926), filho de Iñigo Arista
Garcia I de Navarra (r. 926 - 970)
Sancho II Garcez (r. 970 - 994)
Garcia II de Navarra (r. 994 - 1000)
Sancho III, o Grande (r. 1000 - 1035), também rei de Castela
Garcia III de Navarra (r. 1035 - 1054)
Sancho IV de Peñalen (r. 1054 - 1076)
Sancho V Ramirez (r. 1076 - 1094), também Sancho I, Rei de Aragão
Pedro I (r. 1094 - 1104), também Rei de Aragão
Afonso I (r. 1104 - 1134), também Rei de Aragão
Garcia IV Ramirez (r. 1134 - 1150)
Sancho VI, o Sábio (r. 1150 - 1194)
Sancho VII, o Forte (r. 1194 - 1234)
Casa de Champagne 1234 - 1284
Teobaldo I, também Conde de Champagne (Teobaldo IV), sucede ao tio Sancho VII através da mãe, Branca de Navarra, casada com Teobaldo III, Conde de Champagne
Teobaldo I de Champagne (r. 1234 - 1253)
Teobaldo II (r. 1253 - 1270)
Henrique I, o Gordo (r. 1270 - 1274)
Joana I (r. 1274 - 1305), casou com Filipe IV de França (Filipe I de Navarra)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Escudo_del_reino_de_Navarra.png
Aragão:
Reis de Aragão e Navarra
1035 – 1063: Ramiro I de Aragão.
1063 – 1094: Sancho I Ramirez de Aragão (Sancho V de Navarra).
1094 – 1101: Pedro I de Aragão. Conquistou Huesca.
1104 – 1134: Afonso I de Aragão, o Batalhador. Conquistou Saragoça.
Reis de Aragão
1134 – 1137: Ramiro II de Aragão, o Monge.
1137 – 1162: Petronila de Aragão.
Reis de Aragão e condes de Barcelona da casa de Barcelona
Armas dos reis de Aragão na dinastia (casa) de Barcelona.1162 – 1196: Afonso II de Aragão (Afonso I de Barcelona), o Trovador. Conquistou Teruel.
1196 – 1213: Pedro II de Aragão (Pedro I de Barcelona), o Católico. Morreu na batalha de Muret.
Reis de Aragão e Valência e condes de Barcelona da casa de Barcelona
1213 – 1276: Jaime I de Aragão, o Conquistador. Conquistou Valência, Maiorca e Ibiza e escreveu Libre dels feyts.
1276 – 1285: Pedro III de Aragão (Pedro I de Valência, Pedro II de Barcelona), o Grande. Conquistou a Sicília.
1285 – 1291: Afonso III de Aragão (Afonso I de Valência, Afonso II de Barcelona), o Generoso, ou o Liberal. Conquistou Minorca.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Armoiries_Aragon_Ancien.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Escudo_del_reino_de_Aragon.png
Almorávidas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Almor%C3%A1vidas
Almôadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alm%C3%B3adas
Os Mouros, nesta fase ou estavam dominados pelos Almorávidas e depois pelos Almôadas ou então organizavam-se em Reinos Taifa,, espécie de reino\cidades estado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taifa
As genealogias são tramadas, porque esta malta casava com as irmãs se o Papa as deixasse.
No séc. XII assiste-se à verdadeira guerra santa, com fundamentalismos em ambos os lados, se antes havia tolerância e comércio q.b., passou-se a assistir a chacinas, deportações em massa e escravatura em escalas nunca antes vistas.
Em teoria, na lei medieval, Afonso Henriques era subdito de Afonso VII de Castela e Leão, que se intitulou Imperator. Mas nem um nem o outro se esforçaram por desenvolver esse assunto, guerras internas e o combate aos mouros mantiveram-nos ocupados e de qualquer maneira, Afonso Henriques para se precaver dessa situação "doou" ao Papa o Reino de Portugal, que a troco de uma soma de ouro anual ficava nas mãos do Rei e de seus descendentes.
Com o desastre de Badajoz em 1169, em que Fernando II de Leão, com a ajuda dos mouros sitiados, derrotaram as forças de Geraldo Sem Pavor e de Afonso Henriques (que nem um exército era, mas sim uma expedição do Rei português para tirar o Geraldo das terras que por acordo mútuo seriam de Leão) perdemos a Galiza até Orense +\- (terras que tinham pertencido a D.Teresa, mãe de Afonso Henriques).
A luta não se confinava entre mouros\cristãos, se a catedral de Vigo mais parece uma fortaleza foi porque Afonso Henriques tinha por hábito ir lá de vez enquando :p
Seria muito interessante criar alguma forma de influência Papal no Mod, os Papas, embora longe do poder que tiveram mais tarde nos séc XIV e XV, tinham o poder de legtimar dinastias, casamentos etc.
Se se pudesse criar uma zona de influência religiosa, construindo Igrejas nas aldeias e catedrais e Sés nas cidades, poderia-se influenciar a população, melhorar os recrutamentos, os impostos etc
Desculpem lá o copy\paste da wiqikipédia mas pelo que vi os artigos estão correctos na sua maioria.
Tenho todos os volumes da Nova História Militar de Portugal, que deve dar jeito para assuntos menos genéricos.